Os desafios on-line, que se espalham rapidamente entre grupos de adolescentes em aplicativos e redes sociais, continuam causando preocupação em diferentes partes do mundo. O caso recente que ganhou repercussão internacional envolve um garoto de apenas 12 anos, cuja morte trágica reforça a importância do diálogo e da supervisão familiar no ambiente digital.
De acordo com as autoridades britânicas, o menino foi encontrado pela mãe em seu quarto, inconsciente, após retornar de uma viagem com a família, na região de Greater Manchester, Inglaterra. Ao lado da cama, havia frascos de aerossóis e produtos domésticos utilizados de maneira inadequada — prática conhecida como chroming, termo usado para descrever a inalação de substâncias químicas com o objetivo de provocar sensações momentâneas de euforia.
A mãe acionou o socorro imediatamente, e o garoto chegou a ser levado ao hospital, mas infelizmente não resistiu. O Tribunal do Legista de South Manchester concluiu que a causa da morte foi intoxicação por butano, gás comumente presente em desodorantes e sprays de limpeza.
Durante a investigação, surgiram relatos de que o jovem vinha enfrentando episódios de bullying na escola, inclusive com comentários sobre sua aparência física. O pai relatou às autoridades que o filho havia se tornado mais reservado nas últimas semanas, o que pode indicar o impacto emocional que antecedeu o episódio.
Especialistas em saúde pública explicam que o butano, mesmo em pequenas quantidades, pode causar arritmias cardíacas, convulsões e parada respiratória imediata. Além dos riscos físicos, há o perigo do efeito em grupo, em que jovens se encorajam mutuamente a participar de “desafios” sem compreender as consequências.