Câncer de garganta: sintomas que merecem atenção e quando procurar um médico

O câncer de garganta é uma doença que afeta as estruturas da faringe, laringe e, em alguns casos, as cordas vocais. Embora possa se desenvolver de forma silenciosa no início, existem sinais importantes que não devem ser ignorados, pois a detecção precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido.

Entre os sintomas mais comuns, destacam-se a rouquidão persistente ou alteração da voz, que costuma ser o primeiro indício percebido por muitos pacientes. Quando a voz muda sem motivo aparente e permanece assim por mais de duas semanas, é essencial procurar um médico otorrinolaringologista para uma avaliação detalhada.

Outro sinal frequente é a dificuldade para engolir alimentos sólidos ou líquidos. Essa sensação pode vir acompanhada de dor na garganta ou de que algo está preso, mesmo após engolir. Com o passar do tempo, o desconforto tende a se intensificar, prejudicando a alimentação e contribuindo para a perda de peso.

A presença de um caroço ou ferida que não cicatriza na região do pescoço também deve ser observada com atenção. Em muitos casos, o câncer de garganta provoca o aumento dos gânglios linfáticos, o que se manifesta como nódulos palpáveis e indolores.

Além disso, a dor de ouvido constante, mesmo quando não há sinais de infecção, pode estar relacionada ao problema. Esse sintoma ocorre devido à proximidade entre os nervos da garganta e do ouvido, que podem transmitir a dor de um local para outro.

Outros sintomas que podem surgir incluem tosse persistente, sangramento pela boca ou nariz, mau hálito, perda de peso inexplicável e fadiga constante. Embora esses sinais também possam indicar outras condições menos graves, é fundamental que sejam investigados por um profissional de saúde, especialmente se durarem mais de 15 dias.

Os principais fatores de risco para o câncer de garganta envolvem o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a infecção pelo HPV (vírus do papiloma humano) e a exposição a agentes químicos irritantes. A combinação entre cigarro e bebida alcoólica, por exemplo, eleva consideravelmente as chances de desenvolvimento da doença.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e complementares, como a laringoscopia e a biópsia. Já o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou a combinação dessas abordagens, dependendo do estágio do câncer.

Cuidar da saúde da garganta e estar atento aos sinais do corpo é fundamental. Ao perceber qualquer alteração persistente, busque atendimento médico o quanto antes — a prevenção e o diagnóstico precoce podem salvar vidas.

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