Uma tarde comum de quarta-feira, 29, transformou-se em um episódio de grande susto e tensão para uma mãe e sua filha em São Carlos (SP). A família viveu momentos de temor ao descobrir um escorpião dentro da mochila escolar da menina, já em casa, após o retorno das aulas.
O caso, registrado na escola Carmine Botta, reforça a necessidade de atenção redobrada de pais, responsáveis e instituições neste período de clima quente e úmido, condições que favorecem a proliferação de animais peçonhentos.
🔹 Como tudo aconteceu
Segundo relato da mãe, a estudante chegou da escola e, como de costume, deixou a mochila sobre uma mesinha antes de ir almoçar. Cerca de quarenta minutos depois, ao abrir o objeto para pegar o caderno, a menina percebeu algo estranho em seu interior, identificando um “bicho” que se movia.
Assustada, ela chamou a mãe, que prontamente retirou a mochila para o quintal.
“Levei a bolsa lá fora para sacudir e, quando sacudi, caiu um escorpião”, relatou a mãe, ainda chocada com a situação inesperada.
Felizmente, a criança não chegou a ser picada e o animal pôde ser contido com segurança. O susto, no entanto, deixou a família em alerta e repercutiu entre os outros responsáveis, que passaram a expressar preocupação quanto à presença de animais venenosos no ambiente escolar.
🔹 Risco aumentado em períodos quentes e chuvosos
Especialistas explicam que o aumento das temperaturas, aliado ao período de chuvas, contribui para maior circulação de escorpiões nas áreas urbanas. Esses animais buscam abrigo, alimento e locais mais secos, o que os leva a se aproximar de residências, escolas e outros espaços frequentados diariamente por crianças.
A espécie mais comum em centros urbanos é o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), considerado o mais perigoso do país devido ao seu veneno potente e fácil adaptação. As picadas podem causar dor intensa, vômitos, sudorese, taquicardia e, em casos graves, complicações sistêmicas, especialmente em crianças e idosos.
🔹 Medidas de prevenção
Diante do ocorrido, reforça-se a importância de intensificar a vigilância em ambientes escolares e domésticos. Entre as recomendações estão:
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Verificar mochilas, roupas e calçados antes do uso
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Manter quintais limpos, livres de entulhos
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Evitar acúmulo de lixo, que atrai insetos
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Vedar ralos e frestas
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Solicitar dedetização em casos de aparecimento recorrente
Além disso, é fundamental que escolas adotem inspeções periódicas nos pátios e salas de aula, especialmente em áreas com árvores, jardins ou depósitos de materiais.
🔹 O que fazer em caso de picada
Caso alguém seja picado, o protocolo é buscar atendimento médico imediato. O tratamento pode incluir soro antiescorpiônico, especialmente para crianças, que têm maior risco de complicações.