Ex-deputado do PT e amigo pessoal de Lula é morto pelo próprio filho em um ataque brutal

Filho foi preso; esposa também ficou ferida ao tentar intervir

O ex-deputado estadual Paulo Frateschi, figura histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) e nome de destaque na luta pela redemocratização do país, morreu nesta quinta-feira (data não informada) após ser atacado dentro de casa, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor foi o próprio filho, Francisco Frateschi, que foi detido logo após o crime.

O episódio ocorreu na residência da família, em circunstâncias que ainda estão sendo apuradas pela polícia. Segundo informações preliminares, o ex-parlamentar foi ferido com golpes que lhe causaram grave hemorragia. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

A esposa de Frateschi, Yolanda Maux Viana, também ficou ferida enquanto tentava impedir a agressão. Ela sofreu fratura no braço e recebeu atendimento médico. Seu estado de saúde não foi detalhado, mas ela segue em acompanhamento.

A motivação do conflito permanece desconhecida. Vizinhos e testemunhas afirmaram às autoridades que o ataque foi repentino, aumentando ainda mais o clima de perplexidade ao redor do caso. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime, e o filho permanece sob custódia.

Trajetória marcada pela luta política

Paulo Frateschi tinha trajetória amplamente reconhecida no cenário político nacional. Foi um dos fundadores do PT e participou ativamente dos movimentos sociais que impulsionaram o processo de redemocratização brasileira.

Durante o período da ditadura militar, Frateschi foi perseguido, chegou a ser preso e sofreu tortura. Sua libertação, registrada amplamente pela imprensa e por entidades de defesa dos direitos humanos, tornou-se símbolo da resistência política ao regime autoritário.

No decorrer de sua carreira pública, exerceu mandato como deputado estadual e assumiu funções de destaque na administração pública. Atuou como secretário municipal de Relações Governamentais durante a gestão de Marta Suplicy, em São Paulo, além de ocupar cargos estratégicos dentro do partido ao longo das décadas. Sua atuação sempre esteve ligada ao diálogo institucional, à ampliação dos espaços democráticos e à articulação com movimentos sociais.

Tragédias familiares

A vida pessoal de Frateschi também foi marcada por perdas dolorosas. Em 2002, um de seus filhos faleceu em um acidente rodoviário. No ano seguinte, outra tragédia semelhante tirou a vida de outro filho. Mesmo diante da dor, ele seguiu atuante na política, defendendo causas sociais e ampliando sua presença nas discussões sobre democracia e direitos civis.

Repercussão

A notícia da morte do ex-deputado provocou forte comoção entre familiares, amigos e figuras públicas. Parlamentares, dirigentes partidários e militantes usaram as redes sociais para lamentar o ocorrido e prestar solidariedade à família.

O falecimento de Paulo Frateschi encerra uma trajetória marcada pela defesa da democracia, pela participação ativa nos rumos políticos do país e pela firmeza de convicções diante das adversidades. Seu legado segue vivo na história do PT e da própria redemocratização brasileira.

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