O que deveria ser apenas mais um encontro privado se transformou em uma ocorrência de grande proporção policial em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana. Um homem de 47 anos foi encontrado morto dentro de um quarto de motel no último sábado (15), em circunstâncias que, embora inicialmente apresentem indícios de morte súbita, ainda levantam questionamentos e estão sob investigação rigorosa.
A Polícia Militar foi acionada depois que a mulher que acompanhava a vítima buscou ajuda ao perceber que ele havia perdido a consciência logo após uma relação íntima. Segundo ela, o homem havia contratado seus serviços para um encontro e, instantes depois do ato, afirmou sentir-se mal, cambaleando e caindo ao chão de forma repentina, sem apresentar qualquer reação. O desespero da acompanhante diante da cena a fez correr até a portaria do estabelecimento para exigir socorro imediato.
Quando os policiais chegaram ao quarto, encontraram o homem já sem sinais vitais. A situação, além de incomum, provocou grande movimentação no local e despertou atenção dos demais hóspedes e funcionários. A equipe médica foi acionada, mas apenas pôde confirmar o óbito.
Durante o atendimento inicial, chamou a atenção das autoridades a quantia significativa de dinheiro encontrada com a vítima: mais de R$ 4,5 mil, distribuídos entre os bolsos da bermuda e o interior do veículo estacionado no motel. O montante levantou questionamentos preliminares sobre a origem do valor e se poderia ter relação com a morte ou com a contratação de serviços no local.
Por determinação da Polícia Civil, o carro e todos os pertences do homem foram recolhidos para análise detalhada, com o objetivo de descartar ou confirmar qualquer possibilidade de envolvimento de terceiros além da acompanhante. Embora a mulher tenha relatado espontaneamente tudo o que presenciou e tenha acionado o socorro sem hesitação — o que diminui a probabilidade de violência direta — os investigadores afirmam que nenhuma linha de investigação está totalmente descartada neste momento.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será submetido à necropsia. Somente o laudo poderá determinar se a morte foi causada por parada cardíaca, reação medicamentosa, consumo de substâncias ou outro fator fisiológico. Dependendo do resultado, a investigação poderá ser encerrada ou ganhar novos desdobramentos.
Casos de morte súbita em ambientes privados, especialmente em contextos íntimos, costumam gerar inúmeras especulações e exigem precisão técnica para evitar conclusões precipitadas. Até o momento, não há informações sobre velório e sepultamento da vítima.
A Polícia Civil mantém a apuração em sigilo para preservar a dignidade dos envolvidos e, ao mesmo tempo, garantir que todos os detalhes sejam esclarecidos com rigor e transparência.