O que deveria ser um dia comum em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), terminou em uma das cenas mais perturbadoras que uma mãe pode presenciar. Uma família que acreditava ter deixado sua filha de apenas seis meses sob os cuidados de uma profissional acabou vivendo um dos maiores pesadelos: a mulher contratada para proteger o bebê foi filmada batendo no rosto da criança indefesa.
Tudo começou na tarde de quinta-feira (30/10). Ao chegar do trabalho, a mãe percebeu que algo estava errado. A filha apresentava marcas visíveis no rosto, como se tivesse sido atingida com força. A princípio, a babá tentou justificar, dizendo que se tratava de uma “queda acidental”. Mas a resposta não convenceu e o instinto materno falou mais alto. A mãe foi até o sistema de monitoramento interno para conferir as câmeras — e o que viu tirou seu chão.
Nas imagens, a babá aparece sozinha com o bebê, que chora copiosamente no berço. Em vez de acolhimento ou cuidado, a gravação mostra a mulher desferindo tapas no rosto da criança, repetidas vezes, com agressividade. A bebê, incapaz de se defender ou sequer entender o que estava acontecendo, agonizava em choro intenso enquanto era sujeita a uma sequência de violência gratuita.
Assim que assistiu à gravação, a mãe correu para a Delegacia de Polícia de Guaíba em estado de desespero. A equipe da Polícia Civil se mobilizou imediatamente. Diante das provas e da urgência, os agentes agiram rápido: localizaram a suspeita e deram voz de prisão em flagrante.
A babá foi autuada por maus-tratos contra criança e encaminhada ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça. A rapidez na ação, segundo a polícia, foi uma necessidade para impedir que o bebê continuasse sofrendo abusos e para garantir que a agressora respondesse pelos atos.
O caso gerou revolta pública, principalmente entre pais que dependem de profissionais para auxiliar nos cuidados dos filhos. A situação evidencia uma realidade dolorosa: muitas agressões contra crianças acontecem dentro de casa, longe dos olhos da família, e só são descobertas graças à vigilância tecnológica ou a sinais físicos.
A Delegacia de Polícia reforçou um alerta que nunca deve ser ignorado: qualquer suspeita de violência infantil precisa ser denunciada imediatamente, seja por familiares, vizinhos, profissionais de saúde ou qualquer pessoa que presencie algo suspeito.
Enquanto a bebê segue sob acompanhamento médico por precaução, os pais lidam agora com o trauma psicológico de saber que sua filha, ainda incapaz de sequer pronunciar uma palavra, vivenciou momentos de terror justamente enquanto deveria estar em mãos seguras.
A confiança foi quebrada. A segurança, violada. E o vídeo — agora nas mãos da polícia — se tornou a prova definitiva de que o que aconteceu ali não foi um acidente, mas um ato consciente e cruel contra um ser humano totalmente indefeso.