O Sudeste amanheceu em estado de atenção máxima na manhã da última terça-feira, após a confirmação da formação de um ciclone extratropical no país. A combinação do fenômeno com uma frente fria extremamente ativa fez com que autoridades meteorológicas reforçassem alertas para toda a população — e os próximos dias exigem cautela redobrada.
A escalada de risco começou depois que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho para tempestades, o nível mais alto da escala. Em seguida, novas informações divulgadas pela Climatempo e pela Marinha do Brasil trouxeram detalhes sobre o comportamento do ciclone e seus possíveis efeitos nas capitais e regiões metropolitanas.
Os meteorologistas estimam chuvas superiores a 60 mm por hora e rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h, criando um cenário propício para transtornos significativos. Entre os principais riscos apontados estão queda de granizo, alagamentos, cortes de energia, deslizamentos, quedas de árvores e danos em plantações.
O deslocamento do ciclone pelo oceano coloca São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo na rota de maior atenção. A previsão é de que o leste e o norte de Minas Gerais, o Espírito Santo (incluindo a Grande Vitória) e o norte/noroeste do Rio de Janeiro recebam os volumes mais extremos de chuva ao longo do dia. Já o litoral paulista deve enfrentar precipitação moderada a forte.
Além da grande quantidade de chuva, o litoral sofrerá com o impacto do fenômeno. A Marinha emitiu alerta de ressaca, prevendo ondas entre 2,5 e 3 metros de altura.
📌 No litoral de SP — entre Cananéia e Ilhabela, o aviso vale até as 21h de hoje.
📌 No litoral do RJ — entre Angra dos Reis e Campos, o alerta permanece da noite desta terça até a manhã de quarta-feira.
As áreas urbanas mais densamente povoadas também estão em foco. O alerta vermelho atual abrange regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, além do Vale do Paraíba e Norte Catarinense, reforçando o risco de transtornos no trânsito, suspensão de serviços e acidentes envolvendo estruturas, fachadas e postes.
O cenário, entretanto, não deve permanecer por muitos dias. De acordo com os meteorologistas, a partir de quarta-feira (26) a tendência é de redução gradual da instabilidade, com retorno do sol na maior parte da região Sudeste. Para o fim de semana, a previsão aponta temperaturas que podem superar os 30°C, marcando uma mudança brusca no clima.
Até lá, especialistas reforçam que a população deve acompanhar atualizações em tempo real e seguir recomendações das autoridades. O momento exige cautela, principalmente em áreas sujeitas a enchentes, encostas instáveis e regiões litorâneas.
O ciclone ainda está em deslocamento e novas informações podem ser divulgadas a qualquer momento — e elas serão determinantes para definir os próximos níveis de segurança.