Seis crianças tomam remédio pensando que era bala em escola do interior de SP

Uma situação inesperada e preocupante mobilizou profissionais de saúde, educadores e famílias em Araraquara (SP) na última segunda-feira, 24 de novembro. Seis crianças, entre 7 e 8 anos, estudantes da Escola Estadual Francisco Pedro Monteiro da Silva, conhecida como “Chicão”, precisaram ser socorridas com urgência após ingerirem comprimidos para controle de pressão arterial, acreditando que se tratavam de balas comuns.

A medicação teria sido levada por uma aluna, dentro da mochila, e distribuída entre os colegas durante o intervalo. Desavisadas, as crianças consumiram os comprimidos sem imaginar os riscos envolvidos.

Reações começaram rapidamente

De acordo com a mãe de uma das vítimas, a filha chegou a ingerir três comprimidos. Poucos minutos depois, começaram os primeiros sinais de que algo estava errado. A pressão arterial da menina, que normalmente é 10 por 6, caiu para 8 por 4, provocando sintomas como:

  • sonolência intensa

  • dificuldade de movimentação

  • tontura

  • baixa responsividade

Apesar do susto, todas as crianças receberam atendimento e foram liberadas posteriormente.

Escola acionou socorro e órgãos responsáveis

Assim que a equipe escolar percebeu o mal-estar coletivo e identificou a possível causa, o SAMU foi imediatamente chamado, e os responsáveis pelos estudantes foram notificados.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que o colégio seguiu todos os protocolos recomendados em situações de urgência. Além do acionamento de socorro médico, o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar, e um boletim de ocorrência foi registrado para permitir que a Polícia Civil investigue o episódio com profundidade.

Como o medicamento foi parar na sala de aula?

Segundo apurações preliminares, a medicação estava dentro da mochila de uma das alunas. Ainda não se sabe ao certo:

  • se a criança sabia do que se tratava

  • se pegou o remédio sem o conhecimento da família

  • ou se havia sido orientada a guardá-lo para um adulto

Todas essas circunstâncias serão analisadas pelas autoridades para determinar se houve negligência, acesso indevido ou falha de supervisão.

Risco silencioso: medicamentos ao alcance de crianças

Pediatras reforçam que comprimidos utilizados no tratamento de pressão arterial podem provocar efeitos rápidos e intensos em crianças, especialmente quando ingeridos sem orientação. Mesmo em pequenas quantidades, o organismo infantil reage de forma diferente ao de um adulto.

O episódio levanta novamente a discussão sobre a importância de:

✔ Manter remédios fora do alcance das crianças
✔ Orientar os pequenos sobre os perigos de consumir medicamentos sem autorização
✔ Redobrar a atenção com mochilas e materiais que vão para a escola

Situação contida — investigação continua

Embora o desfecho tenha sido positivo e todas as crianças estejam seguras, a investigação segue em andamento. A Polícia Civil pretende entender como a medicação foi parar na escola e se houve responsabilidade por parte de algum adulto.

Enquanto isso, a comunidade escolar vive um misto de alívio e preocupação, com a expectativa de que a situação sirva de alerta para prevenir ocorrências semelhantes no futuro.

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