Nos últimos dias, a situação envolvendo a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro passou a ocupar grande espaço nas discussões públicas, especialmente após uma movimentação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão se manifestou favorável à concessão de prisão domiciliar ao general Augusto Heleno, por razões de ordem humanitária, considerando o diagnóstico de Doença de Alzheimer desde 2018. O parecer reacendeu debates sobre o tratamento jurídico a presos com condições médicas que exigem cuidados especiais.
A partir desse cenário, a família Bolsonaro passou a defender a possibilidade de que o ex-presidente também receba um benefício semelhante. Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, divulgou em suas redes sociais uma série de informações médicas relacionadas à saúde do pai. Segundo ele, as informações constam em documentos encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar citou que Jair Bolsonaro enfrenta múltiplas condições de saúde, entre elas refluxo gastroesofágico com esofagite, hipertensão essencial primária e doença aterosclerótica do coração. Ele também mencionou episódios recorrentes de soluços persistentes, algo que já havia sido comentado publicamente anos atrás pelo ex-presidente e seus familiares.
A divulgação ocorreu com o objetivo de comparar a situação de saúde de Bolsonaro à do general Heleno e demonstrar que o ex-chefe do Executivo também poderia se beneficiar de um regime de prisão domiciliar. A publicação gerou repercussão nas redes e dividiu opiniões entre apoiadores e críticos.
Flávio Bolsonaro, senador e também filho do ex-presidente, reforçou a fala do irmão ao relatar que o pai teria enfrentado uma crise aguda de soluços na sede da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses. Segundo ele, o ex-presidente necessitou de atendimento médico e ajuste na medicação. Em pronunciamento público, Flávio afirmou que a situação tem prejudicado emocionalmente a família e acrescentou que espera por uma análise cuidadosa das condições de saúde no processo.
A defesa de Jair Bolsonaro aguarda agora a decisão do STF relacionada ao general Heleno, entendida como um possível precedente para solicitar alteração do regime prisional. Caso o pedido seja acatado, o ex-presidente poderia cumprir pena em prisão domiciliar.
Enquanto isso, o caso segue sendo acompanhado com grande atenção pelo cenário político e jurídico. Independentemente do resultado, o assunto reforça discussões sobre como o sistema penal deve lidar com situações que envolvem a saúde física e mental de pessoas em cumprimento de pena, sempre observando os princípios legais, médicos e humanitários vigentes.