A busca incansável de Amélia de Freitas Ribeiro, de 82 anos, por um filho que havia sido doado ainda na década de 1970 terminou de forma triste. A idosa morreu após sofrer uma parada respiratória em Registro, no interior de São Paulo, sem conseguir reencontrá-lo.
Amélia ganhou repercussão nas redes sociais há alguns meses ao revelar o maior desejo de sua vida: encontrar o filho do qual foi separada quando ele ainda era bebê. Ela relatava arrependimento e dizia sonhar com a chance de pedir perdão.
Segundo familiares, a saúde da idosa se agravou nos últimos meses, e ela faleceu na última semana. Em entrevista ao g1, a filha Jardete de Freitas lamentou que a mãe partiu sem realizar o sonho que carregou por mais de 50 anos.
“O maior desejo da vida dela era reencontrar o meu irmão. Ela se foi sem saber se ele está bem, sem ouvir a voz dele. Mas eu prometi que continuaria buscando, e vou cumprir”, afirmou Jardete.
Uma história interrompida, mas não encerrada
A família relembra que Amélia nunca superou a separação. Com o tempo, começou a guardar fotografias, cartas e anotações com todas as informações que poderiam ajudar na localização do filho.
Mesmo debilitada, insistia para que as buscas não fossem interrompidas.
Família segue procurando
Jardete reforçou que continuará tentando localizar o irmão, acreditando que ele ainda pode estar vivo e disposto a saber sua história.
Ela disse que qualquer pessoa que tiver informações pode entrar em contato com a família e que não pretende desistir.
“Se ele estiver vivo, queremos dizer que ele foi amado todo esse tempo. Minha mãe morreu com o coração apertado, mas eu espero que a gente consiga levá-lo até ela, nem que seja para que ele conheça a história”, completou.