Uma tragédia registrada no centro de Belo Horizonte (MG) na última segunda-feira (1º) deixou moradores, hóspedes e funcionários profundamente abalados. Uma menina de 6 anos perdeu a vida após ser lançada pela própria mãe do décimo andar de um hotel. Logo após o ato, a mulher também se jogou. A filha mais velha, de 13 anos, presenciou o ocorrido e conseguiu pedir ajuda.
Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, a família estava hospedada no Hotel Nacional Inn após um desentendimento entre a mãe e o companheiro. O comportamento da mulher vinha chamando a atenção nos últimos dias, com sinais de instabilidade emocional, segundo relatos preliminares.
A adolescente contou às autoridades que, momentos antes da queda, a mãe iniciou uma conversa confusa, apresentando três possíveis “caminhos” para ela: permanecer com a avó, mudar-se para outro estado ou pular junto com as duas. A jovem afirmou que recusou qualquer atitude extrema e tentou argumentar para evitar que algo pior acontecesse.
No entanto, a mãe teria dito que a filha mais nova “não teria opção”. Após se despedir, lançou a criança pela janela. A menina caiu sobre uma estrutura do prédio. A adolescente, desesperada, correu do quarto e pediu socorro imediatamente.
Uma recepcionista do hotel, Ludmila Peroni, relatou ao jornal O Tempo que ouviu um pedido de ajuda vindo do lado externo poucos segundos antes do impacto. Ela contou que escutou uma voz infantil chamando pelo pai, seguida pelo barulho da queda. Em seguida, a mulher também se lançou pela janela e caiu na calçada em frente ao hotel.
Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do SAMU atenderam a ocorrência rapidamente. A mãe e a criança não resistiram. A adolescente, em estado de choque, foi acolhida e está recebendo acompanhamento especializado.
A Polícia Civil trata o caso como homicídio seguido de suicídio e já iniciou a análise de documentos, imagens e depoimentos para esclarecer a sequência detalhada dos fatos. O episódio reacendeu debates sobre saúde mental, prevenção e a importância de redes de apoio em situações de sofrimento emocional intenso.
A comunidade local e funcionários do hotel seguem sensibilizados pela gravidade da ocorrência e pelas circunstâncias que envolveram os últimos momentos da vítima.