A cidade de Tibagi, no interior do Paraná, vive momentos de grande comoção desde a confirmação da morte do pequeno Arthur da Rosa Carneiro, de apenas dois anos de idade. O menino estava desaparecido desde quinta-feira (9) e foi encontrado nesta terça-feira (14) às margens do Rio Tibagi, colocando fim a cinco dias de angústia e esperança por parte da família, moradores e equipes de resgate.
Segundo informações da Polícia Militar, o corpo foi localizado por um pescador em um trecho do rio considerado raso, a aproximadamente 80 metros de distância do local onde havia sido encontrada a mamadeira de Arthur no primeiro dia das buscas. Devido ao estado em que o corpo foi encontrado, não foi possível fazer uma avaliação detalhada no local, e os trabalhos ficaram sob responsabilidade da Polícia Científica, que agora irá determinar as circunstâncias exatas da morte.
Dor e desabafo da família
Em entrevista concedida à RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná, o tio da criança, Lucas Henrique da Silva Carneiro, falou pela primeira vez desde a confirmação do óbito. Visivelmente abalado, ele descreveu os últimos dias como um verdadeiro pesadelo vivido por toda a família.
“Foi uma coisa horrível, a pior coisa do mundo”, desabafou.
Lucas contou que toda a família se mobilizou desde o desaparecimento da criança, chegando a vasculhar matas, terrenos e áreas de difícil acesso antes mesmo da chegada das equipes oficiais. A cada novo dia sem notícias, crescia a angústia, mas também a esperança de encontrá-lo com vida. Infelizmente, o desfecho foi o mais doloroso possível.
Comunidade unida pela causa
Durante os dias de busca, centenas de moradores se uniram de forma voluntária para ajudar nas buscas. Grupos foram organizados em redes sociais para compartilhar informações e coordenar ações. Pessoas de outras cidades também enviaram mensagens de apoio, mostrando que a dor ultrapassou os limites de Tibagi.
A morte de uma criança tão pequena abalou profundamente a população local, que agora presta solidariedade à família em mensagens espalhadas pelas redes e em frente à casa onde Arthur morava.
Buscas por respostas
Com o encerramento oficial das buscas, agora a família aguarda o laudo da Polícia Científica, que deverá confirmar se a morte foi acidental ou se houve alguma circunstância que precise ser investigada com mais profundidade. A Polícia Civil também deve ouvir depoimentos para esclarecer todos os detalhes do caso.
Enquanto isso, o tio de Arthur reforçou o pedido por orações e respeito neste momento difícil — e disse que a maior preocupação agora é dar força à mãe da criança, que está profundamente abalada com a perda.
Em meio à dor, a cidade se une em um só sentimento: luto e solidariedade.