O desaparecimento de Jéssica Daiane Gonçalves da Silva, de apenas 20 anos, teve um desfecho trágico e comovente em Maceió (AL). Quatro dias após o sumiço, o corpo da jovem foi localizado em uma lagoa urbana na capital, na última segunda-feira (20).
De acordo com a Polícia Civil, o corpo apresentava sinais de violência, e o caso é tratado como homicídio com extrema crueldade. A descoberta abalou moradores da região e mobilizou equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que agora concentram esforços para esclarecer o crime.
Mãe identificou a filha pelas tatuagens
A mãe de Jéssica foi a primeira a confirmar a identidade da filha, reconhecendo tatuagens características por meio de imagens enviadas pela polícia logo após a localização do corpo.
“A mãe não tem dúvida de que é ela”, declarou o delegado Ronílson Medeiros, da Coordenação de Pessoas Desaparecidas.
Na manhã de terça-feira (21), a Polícia Científica de Alagoas confirmou oficialmente a identificação através de exame de necropapiloscopia, que analisa impressões digitais post-mortem. O processo foi possível graças ao estado de conservação do corpo, que passou por saponificação, fenômeno natural em ambientes úmidos.
Outros exames — como análise da arcada dentária e possível teste de DNA — ainda serão realizados para reforçar a confirmação técnica.
Corpo foi deixado na lagoa após o crime
Segundo o perito criminal Victor Portela, o corpo não foi deixado no local do crime. A investigação aponta que ele foi lançado na lagoa e acabou sendo levado pela maré até o ponto onde foi encontrado.
A cabeça da vítima ainda não foi localizada, e a Polícia Científica continua os trabalhos de busca e perícia. O laudo necroscópico deve apontar o tempo e as causas exatas da morte.
Até o momento, nenhum suspeito foi divulgado, e as autoridades pedem que informações anônimas sejam repassadas ao Disque Denúncia 181, garantindo o total sigilo do informante.
Comoção e apelo por justiça
O corpo de Jéssica foi liberado na terça-feira (21) para o sepultamento, em meio à dor e à revolta da família. Amigos e parentes prestaram homenagens nas redes sociais, pedindo respostas e justiça para o crime que chocou a comunidade local.
O caso continua sob investigação da DHPP de Maceió, que trabalha para identificar os autores e esclarecer as circunstâncias do assassinato.