Uma mulher de 43 anos foi presa em flagrante após matar a própria namorada na tarde da última terça-feira (21), em Três Lagoas (MS). O caso chocou a vizinhança e mobilizou a Polícia Militar, que foi acionada depois que moradores ouviram gritos e barulhos de briga vindos da casa do casal.
A vítima foi identificada como Solene Aparecida Ferreira Corrêa, de 46 anos. De acordo com as informações da polícia, ela foi morta por estrangulamento dentro da residência onde vivia com a companheira.
Suspeita se entregou à polícia e alegou “possessão espiritual”
Quando as equipes chegaram ao local, encontraram a suspeita, Laura Rosa Gonçalves, do lado de fora da casa, afirmando que havia matado a namorada e que queria se entregar. Dentro do imóvel, os policiais encontraram o corpo de Solene já sem vida e com sinais visíveis de violência.
Levata à delegacia, Laura contou em depoimento que o casal estava junto há cerca de dois anos e que a briga começou por motivos financeiros e ciúmes. Segundo o relato da suspeita, durante a discussão, ambas teriam entrado em luta corporal, momento em que Solene tentou atacá-la com uma faca.
Laura afirmou que conseguiu desarmar a companheira e a imobilizou, mas continuou segurando o pescoço da vítima porque acreditava que ela estaria “possuída por espíritos” durante a confusão.
Relação conturbada e histórico de agressões
A investigação revelou que o relacionamento entre as duas mulheres era marcado por episódios de violência. Solene já havia denunciado a companheira anteriormente e possuía medida protetiva em vigor.
Apesar disso, Laura continuava usando tornozeleira eletrônica no momento da prisão. Em uma das agressões anteriores, ela chegou a fraturar o braço da vítima, segundo registros policiais.
Caso segue sob investigação
A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Três Lagoas, onde permanece à disposição da Justiça.
A Polícia Civil investiga o caso e aguarda os resultados da perícia e do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para determinar as circunstâncias exatas da morte e a responsabilidade penal da suspeita.