A atmosfera deve passar por uma transformação significativa nos próximos dias, com a formação de um novo ciclone que tende a alterar o clima em diferentes regiões do país. A expectativa dos meteorologistas é de que o fenômeno se desenvolva a partir de uma área de baixa pressão atmosférica que começará a ganhar força já na segunda-feira (8), especialmente no Sul do Brasil.
Segundo especialistas, o sistema dará origem a um ciclone acompanhado de uma frente fria, capaz de provocar instabilidades expressivas e ampliar o risco de transtornos climáticos. A formação deve impactar diretamente cinco estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Até a manhã de segunda-feira, a previsão ainda é de tempo mais estável em boa parte dessas regiões, com sol predominante e baixa probabilidade de chuva no Sul, no sul do Mato Grosso do Sul e em grande parte de São Paulo. Contudo, o cenário começa a mudar ao longo do dia, quando o ciclone avança pelo oeste do Rio Grande do Sul, trazendo áreas de instabilidade e dando início a precipitações mais intensas.
Na terça-feira (9), o sistema deve se fortalecer, espalhando-se por toda a região Sul e avançando também sobre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os meteorologistas alertam para a possibilidade de grandes volumes de chuva, que podem superar 100 mm em apenas 24 horas. Em algumas áreas, especialmente no Sul, não se descarta a ocorrência de acumulados de até 160 mm. As rajadas de vento também podem ser expressivas, com estimativas próximas de 100 km/h, além da chance de queda de granizo, principalmente no Rio Grande do Sul.
Diante desse cenário, cresce a preocupação com possíveis impactos, como alagamentos, aumento do nível de rios e córregos, deslizamentos em áreas vulneráveis e eventuais danos à rede elétrica. Comunidades localizadas em regiões suscetíveis a esses fenômenos estão sendo orientadas a acompanhar as previsões e se preparar para eventuais transtornos.
A partir de quarta-feira (10), as tempestades começam a perder força no Sul, trazendo um alívio gradativo ao longo da quinta-feira (11). Entretanto, a instabilidade deve permanecer em pontos do extremo norte do Paraná, sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul, impulsionada pela frente fria associada ao ciclone.
Entre os dias 8 e 15 de dezembro, outro fator climático também deve ganhar destaque: a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Esse corredor de umidade pode manter as chuvas frequentes e volumosas no Sudeste e Centro-Oeste, sobretudo em São Paulo, oeste de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Diante das previsões, a recomendação é que a população dessas regiões fique atenta aos avisos meteorológicos e tome medidas preventivas. O acompanhamento constante das atualizações do tempo pode ajudar a reduzir riscos e garantir mais segurança durante o período de maior instabilidade.