A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) divulgou uma nova imagem de Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, 22 anos, que segue foragida após ser acusada de encomendar a morte de Laís Pereira — jovem mãe assassinada na frente do próprio filho, um menino de apenas 1 ano e 10 meses. A divulgação da imagem busca reforçar as investigações, já que Gabrielle, considerada extremamente perigosa, segue em fuga apesar do mandado de prisão expedido contra ela.
O crime, que chocou moradores de Sepetiba e viralizou nas redes sociais pela crueldade envolvida, teria sido planejado com frieza e motivado por um sentimento de obsessão. Segundo as investigações, Gabrielle teria planejado a morte de Laís por causa da filha de quatro anos da vítima, fruto do relacionamento da jovem com o atual companheiro da suspeita. A polícia aponta que Gabrielle acreditava que, eliminando Laís, a criança passaria a viver definitivamente com o pai — e consequentemente com ela. Investigadores classificam essa motivação como “doentia e egoísta”, o que aumenta ainda mais a revolta da população.
Para executar o plano, Gabrielle teria contratado dois homens, oferecendo cerca de R$ 20 mil pela morte de Laís. Davi de Souza, auxiliado por Erick Santos, foi identificado por familiares e posteriormente preso. A captura de Davi aconteceu após sua própria mãe denunciá-lo ao reconhecê-lo nas imagens divulgadas pela polícia — um retrato do desespero e do terror que o crime gerou até mesmo dentro da família do suspeito de execução.
As buscas por Gabrielle já se estenderam por diferentes regiões do Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (13/11), equipes da polícia estiveram na Zona Sul após receberem informações que apontavam para sua presença no local, porém sem sucesso. Antes disso, ações também foram realizadas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em Campo Grande, na Zona Oeste. A suspeita agora é que Gabrielle tenha alterado a aparência para tentar dificultar sua identificação, razão pela qual novas imagens foram divulgadas.
O Disque Denúncia permanece com linha aberta para qualquer informação que leve à localização da foragida pelo telefone (21) 2253-1177. De acordo com os investigadores, qualquer detalhe pode ser decisivo, já que Gabrielle está ciente da repercussão do caso e tem se empenhado em desaparecer.
Enquanto isso, os dois executores já se encontram presos e responderão pelo homicídio qualificado. O companheiro de Gabrielle, ex de Laís e pai da criança de quatro anos, não é considerado cúmplice e até o momento não há indícios oficiais de envolvimento no planejamento do crime.
A morte de Laís continua sendo lembrada com revolta e tristeza, especialmente pela brutalidade envolvida — uma mãe morta diante do filho pequeno, que permanece sem entender que a violência tirou dela a presença que deveria ser eterna. O paradeiro das crianças, filhas de Laís, não foi divulgado, provavelmente como medida de proteção.
O caso, marcado por obsessão, frieza e fuga calculada, segue em investigação. Mas uma pergunta segue ecoando entre moradores e internautas: até quando Gabrielle conseguirá se esconder?