Detalhe da morte de jovem atacado por leoa é revelado em laudo do IML

Um episódio que gerou grande repercussão em João Pessoa trouxe novas informações após a divulgação do laudo do Instituto Médico Legal (IML). No último domingo, 30 de novembro, um jovem de 19 anos perdeu a vida após acessar uma área não permitida no Parque Zoobotânico Arruda Almeida, conhecido como Parque da Bica.

O caso chamou a atenção pela forma como tudo aconteceu e levantou questionamentos sobre como o rapaz conseguiu chegar tão perto de um recinto destinado exclusivamente a profissionais habilitados. Segundo o relatório do IML, a morte do jovem, identificado como Gerson de Melo Machado, ocorreu em consequência de lesões graves na região do pescoço, compatíveis com um ataque sofrido logo após sua entrada indevida no local. De acordo com os peritos, houve rompimento de vasos importantes, o que levou o jovem a não resistir pouco tempo depois.

O documento também indica que exames complementares, como o toxicológico, foram solicitados para verificar se havia alguma substância no organismo dele no momento do ocorrido. Esses resultados devem ajudar a esclarecer se algum fator externo pode ter influenciado sua ação naquele dia.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil apontam que Gerson teria escalado um muro de aproximadamente seis metros, ultrapassado grades de segurança e utilizado uma árvore para alcançar o interior do cercado onde estava a leoa. As informações preliminares sugerem que o jovem agiu de maneira súbita, sem planejamento, o que dificultou qualquer tipo de intervenção por parte da equipe do zoológico.

Poucos minutos após a entrada dele no recinto, os funcionários localizaram o jovem já sem vida. A Prefeitura de João Pessoa informou que o parque permanecerá fechado temporariamente, até que todas as circunstâncias sejam esclarecidas e que as medidas necessárias sejam avaliadas.

Em nota oficial, o município prestou solidariedade à família e reforçou que o local segue todos os protocolos de segurança definidos pelos órgãos ambientais responsáveis pela fiscalização de parques e zoológicos. As autoridades também mencionaram que o jovem possuía um histórico de questões relacionadas à saúde mental e registros de pequenas ocorrências, o que pode ter contribuído para seu comportamento no dia do evento.

O episódio reacende discussões importantes sobre a segurança de ambientes que abrigam animais silvestres e os cuidados necessários tanto para visitantes quanto para os próprios animais. Além disso, destaca a relevância de políticas públicas voltadas ao acompanhamento psicológico, especialmente para jovens que enfrentam situações de vulnerabilidade ou dificuldades emocionais.

Embora o caso tenha comovido moradores e profissionais do parque, ele também serve como alerta para a necessidade contínua de reforçar orientações de segurança e manter estruturas de proteção bem cuidadas, reduzindo ao máximo qualquer risco decorrente de acessos não autorizados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *