Um caso triste e de grande repercussão marcou a madrugada do último domingo (26), na capital goiana. Um homem de 31 anos foi preso após um grave desentendimento com o próprio pai, de 47 anos, que terminou de forma trágica. Segundo informações divulgadas pela Polícia Militar de Goiás (PMGO), o crime aconteceu durante uma discussão entre os dois, em um bairro residencial de Goiânia.
De acordo com o boletim de ocorrência, pai e filho moravam em casas vizinhas, separadas apenas por um muro. Durante a madrugada, uma nova discussão teve início, e o clima de tensão entre eles aumentou rapidamente. Em meio à confusão, o filho teria pulado a estrutura que dividia as residências e, em um momento de descontrole, usou um objeto cortante semelhante a uma tesoura para ferir o pai.
A avó do suspeito, que também é mãe da vítima, presenciou o ataque e ficou em estado de choque. Ao perceber que o filho estava gravemente ferido, ela correu até os vizinhos para pedir ajuda. Infelizmente, o homem não resistiu aos ferimentos e faleceu antes da chegada do socorro médico.
Logo após o ocorrido, o agressor fugiu do local em uma bicicleta, mas acabou sendo localizado e detido pela Polícia Militar algumas horas depois, ainda na manhã do mesmo dia. Ele foi levado para a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), responsável por apurar as circunstâncias e a motivação do caso.
Segundo relatos de familiares, as desavenças entre pai e filho eram recorrentes. Em uma ocasião anterior, o homem mais velho chegou a ser hospitalizado e precisou passar por cirurgia após ter sido ferido em outra briga envolvendo o mesmo parente. Apesar disso, familiares afirmaram que não imaginavam que as discussões poderiam resultar em uma tragédia.
Equipes da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local para realizar a perícia e recolher o corpo. O caso segue em investigação, e o suspeito permanece preso preventivamente, à disposição da Justiça.
O episódio gera reflexões sobre os limites das relações familiares e a importância de buscar apoio psicológico e mediação de conflitos em situações de convivência difícil. Para muitos, trata-se de um alerta sobre como discussões mal resolvidas podem evoluir para consequências irreversíveis quando não há diálogo e acompanhamento adequado.