Identificada as três pessoas da mesma família que morreram vítimas de colisão grave em SC

O que era para ser apenas mais um deslocamento comum durante um sábado de chuva acabou se transformando em uma tragédia devastadora na SC-477, em Itaiópolis, no Planalto Norte de Santa Catarina. Três pessoas da mesma família morreram em um acidente violento, deixando a população atônita e reacendendo o debate sobre os perigos cada vez mais frequentes nas rodovias do país.

O Brasil convive diariamente com colisões fatais. A cada novo registro, fica evidente o quanto as estradas se tornaram terrenos de risco constante, onde o menor erro pode custar vidas inteiras. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, colisões frontais estão entre os tipos de acidentes mais cruéis e mortíferos — e, mais uma vez, foi esse o cenário responsável por arrancar vidas e silenciar futuros.

No último sábado, dois veículos colidiram frontalmente sob chuva intensa. Um dos carros teria invadido a pista contrária, provocando o impacto destrutivo. O Volkswagen Gol atingido transportava uma família que jamais teria condições de reagir. Dentro do veículo estavam um homem de 56 anos, uma mulher de 40 e uma criança de apenas 10 meses. Não houve chance de defesa.

O choque foi tão severo que o condutor e a passageira morreram no local, sem qualquer possibilidade de socorro. A criança chegou a ser levada em estado gravíssimo ao Hospital Infantil de Joinville, mas não resistiu. O anúncio da morte abalou ainda mais a comunidade, que não conseguiu compreender como a vida pode ser interrompida de forma tão brutal e súbita.

O outro veículo envolvido, uma caminhonete Amarok, transportava vários ocupantes. Embora a maioria tenha sofrido apenas ferimentos leves, uma mulher precisou ser encaminhada para exames mais detalhados. O motorista foi responsabilizado pela dinâmica do acidente — além disso, foi autuado por irregularidades no veículo e por trafegar com excesso de passageiros, agravando ainda mais o cenário de imprudência.

As autoridades seguem investigando minuciosamente as circunstâncias da colisão. A combinação de pista molhada, chuva forte e invasão da faixa contrária está entre as principais hipóteses que explicam a tragédia, mas não exclui a possibilidade de falha humana direta. A Delegacia responsável trata o caso com prioridade.

A despedida da família acontece na Capela Mortuária de Moema, com sepultamento previsto para a tarde de segunda-feira. Familiares e moradores da região tentam assimilar o impacto do acidente, enquanto enfrentam a dolorosa realidade de dizer adeus a três vidas interrompidas ao mesmo tempo.

O caso evidencia — de forma cruel e incontestável — que, em condições climáticas desfavoráveis, qualquer descuido, imprudência ou excesso pode transformar uma estrada em palco de devastação. A tragédia de Itaiópolis é mais um alerta que ecoa, desconfortável e urgente: o trânsito não perdoa.

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