A manhã da última sexta-feira (28) começou com grande movimentação na cidade de Maringá, no norte do Paraná. No entanto, o que deveria ser apenas mais um dia comum acabou deixando moradores consternados e trazendo à tona debates sobre segurança em vias públicas.
O motociclista Rodrigo Pereira de Lima, de 39 anos, seguia para o trabalho quando acabou se envolvendo em um acidente que provocou sua morte de maneira inesperada. O episódio chamou a atenção pela possibilidade de ter sido evitado, tornando-se um alerta para autoridades e para a população.
Segundo as primeiras informações apuradas, Rodrigo trafegava pela Avenida Joaquim Duarte Moleirinho quando fios rompidos atingiram seu pescoço. De acordo com testemunhas, esses cabos teriam ficado suspensos irregularmente após terem sido puxados por um caminhão momentos antes da passagem da vítima. A altura em que os fios permaneceram na pista se revelou extremamente perigosa para quem passava pelo local.
Rodrigo acabou não resistindo ao impacto e faleceu ali mesmo, antes da chegada do atendimento de emergência. O ocorrido mobilizou a Guarda Municipal, o Corpo de Bombeiros e equipes de trânsito, que, ao chegarem no local, encontraram moradores indignados e perplexos com a situação.
O que se sabe até o momento é que o caminhão que passava pela avenida teria se enroscado na fiação, provocando o rompimento dos cabos. No entanto, não houve sinalização ou isolamento imediato da área para evitar riscos aos demais condutores — fator que acabou contribuindo para o desfecho trágico.
A morte de Rodrigo comoveu ainda mais a comunidade por sua atuação social. Ele era diretor da Associação de Pais e Amigos do Autista de Sarandi (APAS), organização que presta apoio a famílias e pessoas com TEA. Em nota de pesar, a instituição destacou sua dedicação, seu carinho com as crianças atendidas e seu empenho em promover ações inclusivas. Amigos e colegas ressaltaram sua generosidade e o amor que tinha pelos dois filhos.
Além de despertar comoção, o caso levantou um importante debate público. Moradores e especialistas apontam que a fiscalização e manutenção de redes aéreas em áreas de tráfego intenso precisam receber atenção contínua. Fios baixos, rompidos ou com estrutura comprometida podem representar riscos sérios tanto para pedestres quanto para motoristas.
O episódio também reacende a discussão sobre a necessidade de protocolos de ação rápida quando algum equipamento urbano apresenta risco iminente. Sinalizar e isolar áreas afetadas é essencial para proteger vidas até que o reparo adequado seja realizado.
As autoridades continuam investigando o acidente para definir responsabilidades e evitar que situações semelhantes aconteçam. Enquanto isso, a comunidade segue unida em apoio à família de Rodrigo, que enfrenta um momento de grande tristeza.
O legado deixado pelo jovem pai, marcado por empatia e dedicação a causas sociais, permanece na memória de quem o conheceu. Ao mesmo tempo, fica o alerta para que a segurança urbana seja tratada com prioridade, de forma a preservar vidas e garantir tranquilidade a todos que circulam pelas cidades.