Em meio à calmaria das águas do Rio Parati, em Araquari (SC), um capítulo triste chegou ao fim neste sábado, 1º de novembro. Após três dias de buscas intensas, foi encontrado o corpo de Antônio Carlos Conceição Júnior, conhecido carinhosamente como Juninho, um pescador de 45 anos que havia desaparecido na última quarta-feira, 29 de outubro.
A notícia abalou profundamente a comunidade local. Juninho era uma figura conhecida na região — um homem simples, generoso e sempre disposto a ajudar quem precisasse. Nas redes sociais, os pedidos por informações, que até então alimentavam a esperança de um reencontro, deram lugar a mensagens de despedida e homenagens cheias de carinho. “Ele era gente boa demais, educado e de coração enorme”, escreveu uma amiga da família.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, o pescador foi encontrado por um morador da região, que avistou o corpo boiando no Portinho João Arriola. O local, conhecido pelos pescadores locais, fica às margens do Rio Parati, onde Juninho costumava lançar suas redes. O caso foi registrado como afogamento em água doce, mas as circunstâncias exatas ainda estão sendo apuradas pela perícia.
Durante os dias de busca, a cidade se uniu em uma verdadeira corrente de solidariedade. Amigos, parentes e vizinhos utilizaram embarcações improvisadas e percorreram o rio em silêncio, acreditando que encontrariam Juninho com vida. A esperança, no entanto, começou a diminuir quando foram achados sua bateria, a rede e o remo, sinais de que ele poderia ter sido levado pela correnteza.
Natural de Araquari, Juninho dedicava a vida à pesca — não apenas como ofício, mas como paixão. Era conhecido por seu sorriso fácil e pela disposição em ajudar, traços que deixaram marcas em todos que o conheceram.
O velório aconteceu na manhã de domingo (2), na Capela Mortuária da cidade. Amigos e moradores se reuniram em um clima de profunda emoção, lembrando as histórias, as risadas e os dias tranquilos à beira do rio.
Agora, o silêncio das águas que acolheram o pescador se tornou símbolo da saudade e do respeito de toda uma comunidade que se despede de um homem simples, querido e inesquecível.