Após sete dias de intensa procura e grande mobilização da comunidade, chegou ao fim, nesta quarta-feira (12), o caso do desaparecimento de Júlia Eduarda Andrade dos Santos, de 26 anos, na cidade de São Bento do Una, em Pernambuco. A jovem, que estava grávida de quatro meses e era mãe de quatro filhos, foi encontrada sem vida em uma área rural do município, encerrando uma semana de apreensão e esperança para familiares e amigos.
De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades, Júlia havia desaparecido no dia 5 de novembro, quando saiu de casa informando que iria se encontrar com o pai do bebê que esperava, para receber o dinheiro destinado a um exame de ultrassom. Desde então, não foi mais vista.
Familiares relataram momentos de grande angústia durante as buscas, que contaram com o apoio da população local e das forças de segurança. O caso ganhou repercussão nas redes sociais, e muitos moradores se mobilizaram compartilhando informações e ajudando nas buscas por pistas que pudessem levar ao paradeiro da jovem.
Com o avanço das investigações, a Polícia Civil chegou até o local onde o corpo foi encontrado, após receber informações que apontavam o envolvimento de pessoas próximas à vítima. Segundo a apuração, o irmão do principal suspeito — que seria o pai do bebê — teria confessado o crime e indicado o local onde o corpo estava, o que levou à localização.
A descoberta gerou grande comoção na cidade. Moradores e familiares se reuniram em frente à delegacia de São Bento do Una, pedindo justiça e respostas para o caso. O sentimento predominante é de tristeza, diante da perda de uma jovem que era vista como uma mãe dedicada e carinhosa.
O caso está sendo investigado como feminicídio, e a Polícia Civil segue em busca do principal suspeito. A prioridade, segundo o delegado responsável, é reunir provas que levem à responsabilização de todos os envolvidos.
Enquanto isso, a comunidade presta as últimas homenagens a Júlia Eduarda, em um momento marcado por dor e reflexão. Sua história deixou um forte impacto na cidade e reacende o debate sobre a necessidade de proteção às mulheres e combate à violência doméstica.
O legado de Júlia, lembrado por familiares como uma mulher batalhadora e amorosa, permanece como símbolo de força e esperança por um futuro mais seguro e justo para todas.