O recente sucesso da série “Tremembé”, disponível no Prime Video, reacendeu um dos casos mais marcantes da história criminal brasileira: o sequestro e assassinato de Eloá Pimentel, ocorrido em 2008. A produção, que mistura fatos e dramatização, despertou curiosidade sobre a atual situação de Lindemberg Alves Fernandes, o homem condenado pelo crime.
Condenado a 39 anos de prisão, Lindemberg cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé, interior de São Paulo — unidade prisional conhecida por abrigar detentos de casos de grande repercussão nacional.
De acordo com informações recentes divulgadas por sua defesa, Lindemberg mantém bom comportamento e participa de atividades educacionais e laborais dentro da unidade. No início de 2025, ele teve 109 dias de pena reduzidos por bom comportamento, algo previsto pela Lei de Execução Penal.
Segundo sua advogada, Márcia Renata Alves, o detento tem uma rotina tranquila e disciplinada:
“Seu comportamento sempre foi classificado como bom, sem registros de faltas disciplinares. É esperado que ele continue recebendo novos abatimentos enquanto mantiver a rotina de estudo e trabalho.”
Essas reduções de pena, conhecidas como remição, são concedidas a presos que se dedicam a estudar ou trabalhar no presídio. Assim, Lindemberg vem gradualmente diminuindo o tempo total de reclusão — embora ainda longe de qualquer possibilidade de liberdade.
O crime que chocou o Brasil
O caso Eloá Pimentel ocorreu em outubro de 2008, em Santo André (SP). Na época, Eloá, de apenas 15 anos, foi mantida refém pelo ex-namorado Lindemberg durante cinco dias. O crime foi acompanhado em tempo real pela imprensa e pela população, tornando-se um dos sequestros mais midiáticos da história do país.
Apesar das negociações com a polícia, o desfecho foi trágico: Eloá foi baleada e morta dentro do apartamento. Lindemberg foi condenado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo, somando uma pena inicial de 98 anos e 10 meses — posteriormente revisada para 39 anos.
Com a série “Tremembé” em alta, o caso voltou ao centro das discussões públicas, reacendendo debates sobre violência doméstica, machismo e o sistema prisional brasileiro.
Mesmo após mais de 15 anos, a história de Eloá Pimentel continua viva na memória do país — um lembrete doloroso de como o ciúme e a possessividade podem levar a tragédias irreversíveis.