Entre lembranças e saudade, a dor da perda ainda é recente para Rosi Cabral, viúva do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos. O casal, que viveu uma história de amor de 17 anos, teve sua trajetória interrompida de forma repentina durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Rodrigo havia ingressado há apenas dois meses na Polícia Civil e estava lotado na 39ª Delegacia de Polícia, na Pavuna. Recém-chegado à corporação, ele expressava orgulho em servir à sociedade e em poder exercer uma função que sempre considerou um propósito de vida.
Rosi e Rodrigo se conheceram ainda na adolescência, aos 15 anos. Desde então, construíram juntos uma relação baseada em cumplicidade, respeito e amor. O casal formou uma família e teve uma filha, que sempre foi o maior motivo de alegria de Rodrigo. Em suas redes sociais, era comum ver fotos dos três juntos, com legendas cheias de carinho e planos para o futuro.
Após o trágico desfecho da operação, Rosi compartilhou uma mensagem comovente em suas redes sociais, acompanhada de uma foto da família. Em suas palavras, ela expressou com sensibilidade a dor da perda e o orgulho pelo homem que o marido foi:
“Tínhamos uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade. Você partiu cumprindo sua missão de proteger o próximo, deixando um legado de bravura e amor que jamais será esquecido.”
Rosi descreveu Rodrigo como um homem de fé, princípios e coragem, que sempre acreditou na importância de servir à população com dedicação e empatia. “Ele era um pai amoroso, um companheiro presente e um profissional que amava o que fazia”, destacou em outro trecho da homenagem.
A morte de Rodrigo aconteceu durante uma das operações mais extensas já realizadas no estado, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e teve como objetivo conter a expansão de grupos criminosos. A ação resultou em diversas perdas e reacendeu o debate sobre os riscos enfrentados diariamente pelos profissionais da segurança pública.
Enquanto as investigações sobre a operação continuam, o relato de Rosi Cabral se torna um símbolo de amor, força e resiliência. Sua mensagem revela o lado humano por trás do fardamento — o de famílias que vivem a ausência com saudade, mas também com orgulho por aqueles que dedicaram a vida à proteção dos outros.